Voava pelos campos a pequena Joaninha,
Solta... Leve... Graciosa e sem tumultos.
Aqui se inebriava com o perfume de uma violeta,
ali desfolhava um - malmequer - bem me quer campestre.
Acolá saboreava uma maçã camoesa.
(Era uma infância quase perfeita)
De repente, foi apanhada por um remoinho
que a transportou pelos ares instáveis
e alucinantes... Depois deste rodopio,
pousou numa amena clareira
rodeada de pequenas árvores: frescas e belas!
Brincou com elas - alegrou-se - e o tempo passou-se...
Quando deu por isso, as árvores tinham crescido.
A clareira adensou-se... E o sol tinha-se ido...
Às vezes, ele aparecia por entre um galho, mas depois desaparecia.
O tempo urgia... E a Joaninha ensandecia…
Queria voltar à planície... Procurava uma brecha
mas a floresta era espessa!
Ficou presa nos galhos e só... Observava o Sol aos retalhos.
Esmorecia... Depois reflectia... Ensaiava um sorriso
- parecia que estava a perder o juízo -
e assim, anoitecia e amanhecia... Até que um dia,
surgiu o raio de uma trovoada que explodiu...
Apagou-se a luz - o PC finou-se - e
acabou-se a história infeliz
e sem glória!
A:CamilaSB
2010 (imagem retirada da web)
Aqui está uma entrevista do Prof. António Feijó.
ResponderEliminarCarrega no link
http://tsf.sapo.pt/Programas/programa.aspx?content_id=917512&audio_id=915417&title=Pessoal...%20e%20Transmiss%EDvel
Que bela aventura, a da joaninha, metida em trabalhos por descuido da minha "vizinha". :)
ResponderEliminarAgora a sério, gostei da leveza das palavras, assentes num exercício bem humorado.
Beijo.
Deslumbrante e Extraordinária Poetiza Amiga:
ResponderEliminar"...Acolá saboreava uma maçã camoesa.
Era uma infância quase perfeita…
Distraída…viu-se apanhada por uma aragem
Que a transportou na circunstância
De um redemoinho de inconstância …
Voou pelos ares alucinantes
Que a poisaram numa clareira
Rodeada de pequenas árvores, frescas e belas.
Brincou com elas…alegrou-se e..."
Brilhante. Sensível. Linda e Admirável.
Tem um admirável e doce talento poético.
Fantástica.
Versos significativos de pureza e beleza imensas.
Parabéns. Adorei, magistral amiga de sonho.
Parabéns pelo lindo versejar numa sensibilidade maravilhosa.
"Potes" de beijinhos amigos com respeito.
Sempre, mas SEMPRE, a admirá-la.
pena
Bem-Haja, pelas lindas palavras expressas no meu blogue que adorei.
Bem-Haja, GIGANTE amiga.
Que bonita história, a da Joaninha corajosa! Que pena ter vindo o "raio da trovoada" por um ponto final ao seu destino... Adorei a prosa, continue escrevendo, porque fá-lo muito bem! :D *
ResponderEliminarActia, gostaria de saber o que o Prof. Feijó tem a ver com a joaninha...
A Joaninha deixou sua beleza na natureza, paz.
ResponderEliminarBeijo Lisette
mas a luz voltou o Pc voltou a funcionar e a história continuou....
ResponderEliminara joaninha então....
beij
Agradeço-lhe profundamente por ler-me e me presentear com um belíssimo poema. Bem, obrigado pelo domingo. Foi bom, mas passou.
ResponderEliminarQuanto a Joaninha achei sensacional o conto. Um conto com teor filosófico. Realmente, assim como a joaninha tudo passa.
Beijos!...
Olá, Camila, vim agradecer a sua visita ao meu novo espaço de contos e conhecer também sua casa: se me permitir, faço-me convidado e voltarei com mais tempo para apreciar suas criações.
ResponderEliminarBeijinho e... volte sempre, será bem vinda!
curioso poema emtorno das voltas de uma joaninha, como se voltàssemos à infância e nos sentíssemos compelidos a segui-la por todo o lado. ficaríamos certamente muito tristes com o seu infeliz final. mas´são leis da natureza...
ResponderEliminarPrá Voce...
ResponderEliminarUm ramalhete
Com rosas e alecrim
Nele, fitas de afeto
Em laços de bem querer,
Um sorriso em cada pétala
Um bilhete de paz
Pra tua vida...
E um pedido!
Jamais se esqueça de mim!
(Sirlei L. Passolongo)
Saudações Poéticas.....M@ria
"Escreve-se não quando queremos, mas quando a alma quer..."
ResponderEliminarIsso foi inteiramente lindo!
A cada dia tenho mais certeza que escrever é assim mesmo :)
Joaninha voa:)
ResponderEliminarE voltou a Joaninha e contou-me o que lhe aconteceu e cujo prólogo tu poetisaste tão docemente, mas pediu-me para não dizer nada e não digo, mas foi uma história linda e sublime e cheia de luz, não posso dar com a língua nos dentes, se não não sou digno de visitar o bosque dela, cala-te Eduardo, vai.te..............................
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