sábado, 26 de maio de 2012

Cor da infância


Eras uma menina no teu ninho
que adorava apanhar flores no campo
e ouvir as melodias com encanto,
cantadas por um doce passarinho.

Divertias-te com o teu gatinho 
e observavas a luz de um pirilampo,
brincavas com bonecas no teu canto
e a vida acontecia de mansinho…

Um dia a tua pomba envelheceu
e o mestre do seu barco naufragou,
foi morar numa estrela, lá no céu...

Cresceste e outro ninho se ergueu
 - tecido no pensar do que restou - 
mas a cor da infância, não morreu...

A:CamilaSB
2012 (imagem da web)

12 comentários:

  1. Há sempre algo de precioso, adquirido na infância, que transportamos connosco.
    Lindo, Camila!

    Beijo :)

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  2. Mas a cor da infância, não morreu.
    ---------
    A infância é uma mar de recordações, umas boas, outras más.
    --------
    Felicidades
    Manuel

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  3. A nossa infância é um marco que revemos compassadamente. Daí, sabermos "medir" a sua cor que se vai esbatendo, mas jamais se acaba nos pensamentos.
    Lindo! Muito lindo.

    Beijos

    SOL

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  4. Se pudéssemos guardar " A cor da infância" por toda uma vida...
    Infelizmente na maioria das vezes este não é o caso.
    As cores vai desbotando com ... o tempo
    Aqui neste seu delicado texto as cores permaneceram vivas....

    Um texto muito delicado e cheio de sensibilidade, Parabéns!
    Camila lhe desejo um lindo e inspirado domingo.
    Lembranças
    Ange.

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  5. um soneto muito bem rimado a lembrar memórias de infância.

    uma boa semana!

    um beij

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  6. Soneto bonito, cheio da simplicidade da infância, e da ternura que a criança que ficou em ti revela em versos doces.
    Boa semana, amiga.

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  7. Ah a infância. Caso eu tivesse a lâmpada mágica queria pedir para ficar por lá.

    Muito bom o soneto.

    Beijocas

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  8. Já esqueci, todas as palavras que queria ouvir
    Todo os sentires por sentir
    Já não sou protagonista de uma comédia de enganos
    Sou apenas demiurgo de uma perversa cena de uma chegada sem partir

    Sou uvas amargas do mês de Abril
    Vinho de travo verde ao beber
    Semente atirada ao meio das pedras
    Olhos na bruma na inquietação do ver

    Uma imensa e incontida força neste peito
    Na alma uma cicatriz, qual estigma
    Serei apenas um barco de papel à deriva!?
    Ou como já alguém disse, um…Enigma…

    Doce beijo

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  9. Pois não....as cores com que vestimos a infância não desaparecem...
    Respiram em nós sempre....
    Obrigada pela visita...
    Beijos e abraços
    Marta

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  10. a infância é sempre um lugar ainda possível

    beijos!

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  11. Menina encontrei também aqui
    quando tão doces palavras li
    num soneto com tanto jeito
    a cor da infância a preceito
    é um miminho que lhe sorri...

    Obrigada pela visita ao meu cantinho
    e pela ternurinha e carinho...

    faço um ninho de passarinho
    e deito nele o meu beijinho
    com a infância por pretexto
    nos sonhos, sorrisos do contexto :))

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  12. A infância trás recordações, beijo Lisette.

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