quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Cálice da pontuação


Sou uma exclamação da vida
um ponto e vírgula a indagar
um travessão fora do lugar
uma vírgula mal colocada
a interrogação ao vento
dois pontos a prever
o que vou dizer
a seguir
nada
reticências
abrir aspas
sigo em
frente
idem  idem
sou um
 hífen
 encalhado
entre
dois
 tempos
o passado
 e o futuro
sou uma
 letra
 maiúscula
de uma
 classe
 gramatical
irrelevante
um parênteses eventual
uma chaveta que resume a vida
  a uma alínea indefinida e  ponto final

A: Camila Barroso
2012

17 comentários:

  1. Camila,
    E eis como, mandando a pontuação às urtigas, se faz um excelente poema.

    Beijo :)

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  2. Sem pontuação, mas a fazer todo o sentido.
    Fazer poesia obriga a pausas que ela (a pontuação) dá; doutro modo não fará sentido, mas aqui, formatando o texto, parece ser desnecessário o preciosismo.
    Bela imagem. Boa imaginação.


    Beijos

    SOL

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  3. Além de excelente poetiza desenhas maravilhosamente o que escreve,
    muito bom Camila,Parabéns
    pra quê pontuação não é mesmo?
    perfeito!
    abraços

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  4. . , " ... !
    Entre as pontuações o que mais se destacou foi a poetisa, seu poema e sua criatividade, parabéns, Camila!
    Obrigada pela sua visita, fico sempre muito feliz, um abraço!

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  5. Somos e não somos. Buscamos o sentido dos pontos que marcam a diferença.
    Bonito poema com um desenho criativo.

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  6. Muito bom, Camila! Realmente, ótimo texto! Boa semana, amiga.

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  7. Que lindo em forma de um cálice
    adorei ler e o desenho deixou mais
    bonito ainda
    Bjuss
    de boa noite
    Rita!!!!

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  8. Como os pontos da gramática
    possuem um força poética
    magistral e são linhas
    profundas que formam
    desenhos

    mui belo

    Luiz Alfredo - poeta

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  9. um cálice onde a pontuação não faz a diferença
    está bom assim

    gostei muito

    um beij

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  10. .

    .

    . a poesia . é também ela e toda ela . visual . e aqui . mais.do.que.pontuada . pautada . pela arte mayor .

    .

    . deixo um beijo e um convite .

    .

    . hoje . há uma festa que espera por Si no . intemporal .

    .

    .

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  11. Uma poesia lindíssima com enorme talento.
    De férias estou voltando aos poucos!
    Muitos beijinhos Camila!

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  12. Amei, amei, amei.
    Que estilo lindo,
    minha parceira em poesia.
    E muito obrigada pelo teu carinho.
    Nossas poesias poderão se tornar irmãs...

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  13. Fiquei aqui, admirando a criatividade da poeta! aplausos!
    Beijinhos

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  14. Camila querida,

    Este teu cálice não deve ser afastado, como o da música de nosso poeta Milton Nascimento:
    "Pai, afasta de mim este cálice
    de vinho tinto de sangue..."
    Ao contrário,quero este cálice de criatividade bem próximo aos meus olhos,repleto e pleno de inspiração e beleza.

    Bjssssss,
    Leninha

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  15. Eu deixei aqui um comentário! não sei o que se passou:)!
    Bom fim de semana!
    Bjo

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    1. Também não sei, Álvaro? Deve ter sido alguma falha do blogue... não faz mal :) Beijinho!

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  16. Que belo cálice! Muito original, a ideia!
    Obrigada pela sua visita, seja sempre bem vinda aos meus olhares sobre o Mundo!
    Um beijo

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